terça-feira, 3 de novembro de 2009

Proteja-se !!


"Reivindicar nossa cidadania, nosso direito à saúde, lazer e qualidade de vida, implica em informação, discussão e reconhecimento de nossa participação e contribuição junto à sociedade."
Primeiros Passos: Conhecendo seu Corpo
Não tenha receio de se conhecer por inteira; o corpo de cada um se difere não só em termos biológicos (secreções, menstruação, etc), mas também em termos de zonas de prazer!Você poderá até mesmo dividir esse momento de descoberta com a sua parceira.
É uma experiência de auto-conhecimento muito intensa e que só lhe trará mais satisfação e prazer.
Aids e DSTs
Existe tradicionalmente, devido a vários fatores como a visibilidade lésbica (veja abaixo em Política de Prevenção), um mito de que não existe riscos de transmissão de Aids e DSTs no sexo entre mulheres. Entretanto, esse risco, apesar de ainda pouco estudado cientificamente, existe!
As doenças sexualmente transmissíveis e a Aids estão aí e a transmissão delas independe da orientação sexual, ou do número de parceiras ou parceiros (sim, com homens!) que venham a ter.
O HIV é encontrado nos fluidos vaginais e no sangue menstrual, entretanto a quantidade do vírus não foi até agora adequadamente medida. Acredita-se que o sexo oral sozinho apresente baixo risco, e atos que podem resultar em trauma vaginal, tais como partilhar brinquedos sexuais sem camisinha ou fazer penetração quando os dedos têm cortes ou estão com as unhas longas, trazem maior risco. Por isso, mantenha as unhas sempre limpas e bem aparadas. Ferimentos são portas abertas por onde podem entrar germes, bactérias ou mesmo o vírus da aids – seja através do contato com a secreção vaginal, com o sangue ou com resíduos de fezes. As DSTs tb. são transmitidas pelas secreções e para evitá-las devemos prezar por alguns cuidados de higiene e procurar ter uma vida sexual mais segura.
É importante lembrar que existem lésbicas que mantêm relações sexuais com homens ou mesmo bissexuais; neste caso, a questão da prevenção se amplia ao uso de proteção também nessas relações. Usuárias de drogas injetáveis, devem seguir todos os procedimentos para não compartilharem o HIV através das seringas e agulhas; quem cheira, não deve compartilhas canudos, pois eles podem estar contaminados através de ferimentos nas mucosas do nariz.
E como se prevenir?
Você pode, porque não, negociar e decidir sobre práticas de sexo mais seguras. Conheça melhor sua eventual parceira e desfrutem de momentos de prazer sem descuidar de sua saúde.
No mercado, ainda não existe nada específico para o sexo entre mulheres, mas apresentamos aqui algumas adaptações que podem ser feitas – as chamadas "barreiras".
* Elas podem ser feitas com luvas cirúrgicas e camisinhas sem lubrificantes, e cortadas como mostra a figura. Use-as para o sexo oral na vagina ou ânus e tribadismo (vagina-vagina)
* Na penetração com os dedos (ou o que sua habilidade inventar com eles!), use dedeiras ou luvas sem cortá-las.
* No caso de consolos, vibradores ou outros "brinquedinhos", use sempre camisinha com ou sem lubrificante. A camisinha feminina também pode ser utilizada.
* Nunca esqueça de trocar a camisinha ou dedeira depois de utilizá-lo na sua companheira ou em você. O mesmo vale para quando passamos o instrumento ou o dedo, do ânus para a vagina.
* Tome maiores cuidados tanto em práticas sado-masoquistas, quanto no período menstrual.
* Por fim, realize periodicamente o exame preventivo de aids, colo de útero (papanicolau) e o auto-exame de mamas. Você vai estar se cuidando.
A política de prevenção:
o que ainda precisa ser feito?
(Adaptação da fonte: revista Um Outro Olhar – n. 26 – ano 11)
Muita coisa. Precisam ser feitas pesquisas definitivas sobre práticas sexuais, riscos, reconhecimento das características, da realidade vivida pelas "mulheres que fazem sexo com mulheres"; isso será definitivo para a elaboração de mensagens de prevenção e esclarecimento junto a esse público.
Os provedores de serviços e agentes de saúde devem ser sensibilizados para conduzir atendimentos e campanhas não heterossexistas. A vivência lésbica tem permanecido invisível ao sistema de saúde e poucas informações são acumuladas com relação aos comportamentos de risco ou práticas sexuais. Desta maneira, as mensagens de prevenção ficam prejudicadas, pois não se torna claro o que traz maiores riscos para o sexo entre mulheres, qual é a abordagem a ser utilizada nas mensagens e objetivos da campanha.
É irracional que, depois de 18 anos de epidemia, as mulheres que fazem sexo com mulheres ainda não tenham informações precisas sobre os riscos envolvidos nessa relação sexual, de modo a saber o que fazer, como e o que não fazer. Uma estratégia de prevenção abrangente usa uma variedade de elementos para proteger o máximo de pessoas possível. Informações precisas, sobre a transmissão sexual mulher-mulher, a incidência do HIV nessa população e os fatores que as levam a ter práticas de risco, são a chave para proteger efetivamente "mulheres que amam mulheres".

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