domingo, 29 de novembro de 2009

A Penetração



A penetração vaginal é um paradigma de consumação da relação sexual, se considerada a partir do modelo hegemônico heterossexual. Visto deste modo, o prazer e o orgasmo seriam impossíveis, se o pênis estivesse ausente do ato sexual. 
Entre as mulheres lésbicas, geralmente a penetração vaginal não é uma etapa obrigatória na relação sexual e, quando ocorre, é feita por meio de dedos, dildos e vibradores. Há mulheres que gostam desta prática, outras que não toleram ser penetradas e outras que sentem grande excitação por penetrar a companheira, mas não levam em conta que isso possa ser desagradável à parceira. É importante que as namoradas conversem a respeito, se surgir a vontade de ter esta experiência, pois se uma ou ambas nunca tiveram uma relação com penetração pode haver insegurança quanto a decepcionar a companheira, medo de sentir dor e algumas chegam a questionar a própria orientação sexual se houver o orgasmo. Conhecer o que cada uma gosta na cama e lançar-se a inovações com absoluta cumplicidade e confiança diminui a possível tensão que com naturalidade surge frente a novas experiências, e proporciona que esta prática seja vivida com tranqüilidade (ou de comum acordo abandonada), do mesmo modo que outras carícias íntimas, posições sexuais e o sexo oral.
Quando há penetração na relação sexual entre mulheres, geralmente é precedida por muitas carícias , sussurros , abraços , beijos , brincadeiras eróticas, massagens por todo o corpo e sexo oral . Para algumas mulheres, isto ajuda a relaxar e deixa a vagina bem lubrificada para que a penetração seja mais prazerosa. Outras preferem que a penetração seja feita antes do sexo oral, pois assim receberiam mais estímulo e conseguiriam um orgasmo clitoriano prolongado e mais satisfatório. Cada casal descobre em sua intimidade qual o melhor momento para a penetração.
Na penetração a companheira pode utilizar um ou mais dedos, um dildo ou um vibrador.
Qualquer que seja o meio empregado, é importante lubrificá-lo com um produto à base de água (como o KY) que não irrita a vagina nem a boca da parceira quando esta passar ao sexo oral.
O casal deve estar ciente que a prática de penetração só é segura se for utilizado um método de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Uma parceira infectada por DST pode transmiti-la para outra parceira se esta tiver uma lesão no dedo ( corte , sangramento de cutícula ) que introduzir na vagina . Por sua vez, dildos e vibradores são de uso individual e nunca devem ser compartilhados (introduzidos nas vaginas, ânus e nas bocas das parceiras), pois transportam fluídos vaginais e bactérias do ânus (usá-los com preservativos, que são trocados se forem utilizados por outra companheira ou se passar da vagina para o ânus). Assim, para a preservação da saúde das mulheres, é totalmente indicado que na penetração seja utilizada luva de látex tipo cirúrgica ou preservativo feminino. A colocação da luva ou do preservativo é uma oportunidade para as parceiras criarem um momento de descontração, em que uma coloca na outra, entre brincadeiras e carícias. Lembrar também que as unhas devem estar curtas e lixadas para não rasgar a luva ou o preservativo, ou ferir a vagina da parceira. Finalmente, uma dica importante: nunca utilizar a luva que penetrou na vagina para penetrar no ânus ou vice-versa, pois bactérias que causam doenças podem ser transportadas dessa forma.
A penetração será mais prazerosa se a parceira estiver bem relaxada. Boca e mãos da parceira que fará a penetração percorrem o corpo da companheira, exploram suas sensações, massageiam a pele, brincam em suas coxas e acariciam sua vulva. A parceira pode iniciar pelo sexo oral e lentamente percorrer com os dedos a vulva da companheira, o contorno dos lábios internos e externos, a entrada da vagina e o clitóris. A partir da base da vulva, onde está o períneo, desliza o dedo indicador ou médio lubrificado em direção à vagina e este encontrará o orifício por onde entrará. Caso haja dificuldade de conduzir o dedo até a vagina, por timidez, ansiedade, medo de machucar, a parceira pode pedir que a companheira a guie com a mão para achar o local correto.
Nas mulheres que não conheceram esta prática sexual, é indicado que a parceira inicie com um dedo e conforme a vagina e a pelve relaxem mais dedos podem ser introduzidos. Se aquela que for penetrada sentir algum incômodo, deve orientar a companheira para ir com mais calma, menos força, ou afastar o dedo com delicadeza e falar sobre o que sente sobre o que gostaria se precisa estar mais relaxada ou se é uma experiência que não lhe agrada levar adiante naquele momento.
Ao introduzir um dos dedos é possível que a vagina se feche em torno dele, pois sua abertura depende do nível de excitação e do ciclo menstrual. Nas primeiras penetrações costuma-se introduzir os dedos paulatinamente, em vai-e-vem, até a vagina ceder e acomodá-los em toda a sua extensão. Movimentar o dedo em círculos ou para frente e para trás no interior da vagina faz com que esta se acomode e aumente sua abertura. Mas pode acontecer que a cavidade seja ampla e a introdução de dois ou três dedos seja mais satisfatória. Nos encontros seguintes as parceiras podem preferir iniciar com três ou quatro dedos ao descobrirem como a experiência lhes resultou prazerosa.
Quando os dedos são introduzidos começam a explorar o interior da vagina. Movimentam-se ligeiramente para frente e para trás, alternando entre rapidez e lentidão, suavidade e pressão . Algumas mulheres preferem que os dedos não se movam dentro da vagina e que seu clitóris seja estimulado por outra mão da parceira; outras gostam que a parceira cruze ou dobre os dedos para usufruírem de todas as sensações possíveis.
Diferentes posições das parceiras na cama também ajudam na melhor penetração. Uma almofada pode ser colocada sob os quadris da parceira a ser penetrada para que os dedos deslizem facilmente e atinjam o máximo do interior da vagina. Outras preferem ficar “de quatro” e ser penetrada por trás pela companheira. Apoiar a parte de trás das coxas sobre as coxas da parceira é outra posição bem favorável. Cada casal experimenta as diferentes alternativas e elege aquelas que lhe pareça mais adequada. Os dedos fazem movimentos largos inclinados para frente de modo que estimulem a parte superior da parede vaginal em direção ao ponto G. Vários movimentos e ritmos dos dedos possibilitam descobrir em quais locais da entrada da vagina ou do útero são mais prazerosos para a parceira. Ao encontrar o ponto mais sensível de todos, a estimulação deve se concentrar nele. A observação da reação do corpo da companheira (movimento da pélvis, das pernas, braços, gemidos) é um indicador de estar seguindo pelo caminho certo. Procurar sincronizar o movimento dos dedos com as contrações vaginais da companheira , deslizando, apalpando, pressionando e golpeando levemente até que os dedos estejam completamente no interior da vagina. Muitas mulheres têm mais prazer se, ao mesmo tempo da penetração, sua companheira acaricia os seios, o abdômen, o púbis e o clitóris com a outra mão.
Durante a penetração algumas mulheres preferem que a intensidade aumente de forma gradual , enquanto outras preferem uma entrada firme com movimentos vigorosos que vão suavizando até estabilizar no ritmo e pressão que lhes agrade. Quando a parceira que faz a penetração tem dúvidas sobre o que sua companheira gosta, se mais lento, mais rápido, mais profundo, com mais dedos, é melhor perguntar, sem cessar os movimentos.
O orgasmo pode ocorrer durante a penetração, sobretudo se o clitóris também for manipulado. Porém muitas mulheres referem que o melhor orgasmo é aquele feito por sexo oral, após a penetração dos dedos da parceira. 

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