domingo, 29 de novembro de 2009

História do Sexo Lésbico



A história da parceria sexual entre mulheres não é tão rica em registros como a da parceria entre homens.
Uma das primeiras referências é encontrada nos poemas da princesa e sacerdotisa Suméria Enheduanna, nascida em 2.300 a.C. nos quais são feitas exaltações, por vezes bastante sensuais, ao poder e à beleza física da deusa Inanna. Em alguns trechos, Enheduanna louva a deusa como se esta fosse sua esposa. No Código de Hamurabi, na Babilônia, cerca de 1.780 a.C. citam-se os direitos das salzikrum, mulheres sacerdotisas (ou que não se casavam com homens) que possuíam regalias em relação a outras mulheres, poderiam ter uma ou várias esposas e a possibilidade de adotar filhos.

Na China, escritos de 140 d.C. de autoria de Ying Shao, definiam como dui shi o relacionamento sexual entre mulheres. Em 1576, no Brasil, o cronista colonial Pero Magalhães Gandavo referia a existência das Çacoaimbeguiras entre os índios Tupinambás, mulheres que assumiam papéis sexuais e de comportamento diferentes do de outras mulheres, possuíam esposas e participavam das guerras e da caça.

A maior referência no mundo ocidental sobre o amor entre mulheres é a poetisa Safo nascida na ilha de Lesbos, Grécia. Há poucos dados de sua biografia, mas sabe-se que nasceu em 630 a.C. aproximadamente, e que foi obrigada a refugiar-se na Sicília por criticar o tirano Pítaco. Ao regressar a Lesbos, fundou uma academia para jovens mulheres, onde ensinava música, poesia, dança e ginástica.

Os fragmentos de suas obras indicam que Safo manteve relações intensas de afetividade com suas alunas e que compunha odes nupciais àquelas que saíam da escola para se casar. Embora seu amor às mulheres e o enaltecimento da beleza e da sensualidade estejam em sua obra, não há informações que comprovem sua homossexualidade ou bissexualidade.

 O poeta Anacreonte, nascido 50 anos após Safo, foi quem afirmou que a poetisa nutria um amor sexual pelas jovens da academia e a partir daí vinculou-se Lesbos a lesbianismo, e Safo a safismo. A Grécia também legou o termo tribadismo (de tribádos = esfregar), que significa a fricção corporal mútua ou masturbação entre mulheres. O tribadismo foi, por muito tempo, o termo mais usado para designar o lesbianismo ou homossexualidade feminina. 

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