sábado, 26 de maio de 2012

Com Sangue nos olhos



É um trem que vai
partindo sobre os trilhos
em direção ao precipício
mas que não cái
porque uma curva brusca
o desvia disto.
E o que vai no trem
vai bem longe
de tudo aquilo.

É como um carro
que atravessa
segundos antes do sinal fechar,
sem ter que ter pressa,
na hora certa,
sem se atrasar.

É um semiDeus...
 que de tão semi
tornou-se nada
É um homem
no campo de batalha
pedindo pra guerra
não acabar.

E os olhos que sangram?
De tão vermelhos, sangram
o choro, a insônia, o ar.
E o teu desespero?
De repente não se sabe
o que é verdadeiro,
o que é metade,
o que é inteiro...
De repente
não dá mais pra saber
em quem confiar,
não dá mais pra confiar.

Doidos varridos...
Mas a loucura não é isso!
Meu bem,
os loucos sabem amar.

Por : Fernanda Abreu 

Nenhum comentário:

Aviso de Conteúdo

Todas as imagens e alguns textos, postados aqui foram retirados da Internet e por esse motivo suponho ser do domínio público. No caso em que haja algum problema ou erro com material protegido por direitos autorais, a quebra dos direitos de autor não é intencional e não comercial e neste caso o material será retirado imediatamente, basta que me passem a informação.
e-mail : nandapolly.alp@gmail.com

Pesquisar este blog