Gosto desses dias molhados, de chuva miúda, de chuva fina
chuva boa,
de névoa, de garoa,
em que a gente não sente a obrigação de ser feliz,
e fica em si mesmo, à toa...
Basta a gente ficar onde está, nada mais, é tudo que se quer,
vendo a chuva cair, a chuva caindo,
ficar sentado, acomodado, num lugar qualquer
ouvindo o rumor da chuva, ouvindo...
ouvindo...
Dias que não pedem nada, que não exigem nada, não icomodam,
em que a gente fica em casa, sem nescessidade
de companhia, de ter alguém,
basta essa sensação que agora é minha...
Oh, a paz, essa felicidade impessoal, perfeita
que consegue ser feliz
sozinha...
( Como doem certos dias de sol, de tanta alegria! )
Dias exigentes que gritam por felicidade, que reclamam vida e emoção
e que encontram às vezes a gente tão só
no meio de tanta gente,
tão só e desprevinido
sem saber o que fazer - meu Deus ! - do coração!
Dias de sol que derrubam a gente,
que maltratam a gente, passam por cima,
da gente
sem piedade,
tontos, deslumbrados,
e se vão a cantar uma felicidade
por todos os lados,
uma felicidade
de bola de cristal, inexistente,
sem ver que ficamos no chão, como indigentes
abandonados...
Ah! Gosto desses dias assim, de olhos embaciados, cinzentos,
de chuvinha mansa, de chuvinha boa,
Que não pertubam o coração
que descansam a vista;
qu, no máximo, esperam que a gente se sinta bem,
e nos deixam em paz, sem nada, sem ninguém,
- só isto!
Nesses dias, humilde e só, um pouco egoísta
talvez,
- EXISTO ...
( J. G. de Araújo Jorge )
-
' Eu tive um amor
mas foi a dor que me ensinou a ser quem sou. '
(Canto dos Malditos na terra do nunca)
chuva boa,
de névoa, de garoa,
em que a gente não sente a obrigação de ser feliz,
e fica em si mesmo, à toa...
Basta a gente ficar onde está, nada mais, é tudo que se quer,
vendo a chuva cair, a chuva caindo,
ficar sentado, acomodado, num lugar qualquer
ouvindo o rumor da chuva, ouvindo...
ouvindo...
Dias que não pedem nada, que não exigem nada, não icomodam,
em que a gente fica em casa, sem nescessidade
de companhia, de ter alguém,
basta essa sensação que agora é minha...
Oh, a paz, essa felicidade impessoal, perfeita
que consegue ser feliz
sozinha...
( Como doem certos dias de sol, de tanta alegria! )
Dias exigentes que gritam por felicidade, que reclamam vida e emoção
e que encontram às vezes a gente tão só
no meio de tanta gente,
tão só e desprevinido
sem saber o que fazer - meu Deus ! - do coração!
Dias de sol que derrubam a gente,
que maltratam a gente, passam por cima,
da gente
sem piedade,
tontos, deslumbrados,
e se vão a cantar uma felicidade
por todos os lados,
uma felicidade
de bola de cristal, inexistente,
sem ver que ficamos no chão, como indigentes
abandonados...
Ah! Gosto desses dias assim, de olhos embaciados, cinzentos,
de chuvinha mansa, de chuvinha boa,
Que não pertubam o coração
que descansam a vista;
qu, no máximo, esperam que a gente se sinta bem,
e nos deixam em paz, sem nada, sem ninguém,
- só isto!
Nesses dias, humilde e só, um pouco egoísta
talvez,
- EXISTO ...
( J. G. de Araújo Jorge )
-
' Eu tive um amor
mas foi a dor que me ensinou a ser quem sou. '
(Canto dos Malditos na terra do nunca)
Um comentário:
texto lindo.. e frase linda no final =D
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