Eu,
andando perdido encontrando teu olhar no lugar onde as estrelas
me apontavam pra seguir.
Eu,
um homem solitário, ancorado, como um veleiro sem turistas
Eu,
transtornado como bêbado sem pranto pra chorar
assassinado como borboleta que vai aos céus com uma das asas
sangrando
Eu, um homem triste que se abandonou pra ser sozinho.
E você,
apenas uma lembrança como herança do passado
linda, como a cantiga da lua com todos os seus versos de prata
e te adorei tanto que meu amor de tão imenso buscava o
fim do mundo
mas por mais devagar e leve que eu pisasse, meus passos
eram profundos
e marcantes
na madrugada as luzes aos poucos adormeciam transparentes
na tua distância construi um templo para o final do sonho
e neste final, uma porteira que só dá entrada à tua morada
nas ondas do mas restaram apenas ilusões agitadas que se
esqueceram de mim
e é ainda naquele teu adeus que chora hoje minha saudade
e é ainda naquela tua partida que estou indo por atalhos
à tua chegada.
______________________(Sandra Mara Herzer)
Nenhum comentário:
Postar um comentário